quinta-feira, 27 de maio de 2010

MANUSCRITO


Passei os últimos dias ouvindo o novo CD da SANDY LEAH e é um grande motivo de orgulho dizer que as canções estão I N C R Í V E I S ! ! !

Eu, que acompanho a carreira dela desde que me entendo por gente, na verdade, até mesmo bem antes disso, acho notória a evolução dela como artista e principalmente como pessoa.

Me parece que aos 27 anos de vida e 20 de carreira, Sandy se deparou como várias das respostas que vinha buscando. E o que muito me alegra é a maneira como ela deixa transparecer isso. E as canções evidenciam, sim, essa nova fase que ela está vivendo.

É óbvio que sou super suspeita para falar da SANDY LEAH LIMA. Até porque alimento por ela um carinho imenso e aprecio muito o trabalho dela, além de me identificar pra caramba com ela, como pessoa, com respeito a algumas atitudes, alguns pensamentos, a maneira de ver as coisas, quase sempre pelo mesmo olhar, enfim... Por tudo isso pode parecer parcial o meu conceito sobre essa cantora. Mas não é, não. Bem, eu me esforço muito para que não seja.

Confesso que quando paro para ouvir Manuscrito, me pego fazendo as mesmas perguntas que ela e chegando as mesmas conclusões.

As canções estão lindas, com arranjos super clássicos, tendo o piano como base para várias músicas. Eu amei! É impossível ouvir o CD sem citar algumas faixas que ficam na mente. Por exemplo, a canção 'Duras Pedras' traz uma frase que diz tudo; "Viver tem suas mortes". Já a canção 'Dias iguais' além de quase me fazer chorar cita; "Dias iguais são como rio correndo pra trás. Não deságua em nenhum lugar". 'Ela/Ele' e 'Perdida e salva' são as mais românticas, que por sinal são fofas. As mais reflexivas são 'Pés cansados', 'O que faltou ser', 'Quem eu sou' e 'Tão Comum' que são minhas favoritas. Mas uma que eu amo demais cantar é 'Sem Jeito'. Essa, para mim, é a mais show de todas!

Então só para se ter o gostinho do que eu quis dizer quando resolvi postar esse texto, segue-se a letra da canção Tão Comum, que reflete essa nova Sandy.



Tão Comum

Se você me perguntar o que é que eu tô fazendo
Eu digo que não sei
Se você me perguntar o que eu quero do futuro
Eu digo que não sei

Só sei que eu espero que a vida me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar minha trilha fora do tom

Tão comum
Se arriscar sem saber cem por cento se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo querer
Tão comum
Errar, errar e errar de novo

Se a consciência me chamar disser que eu não posso
Eu digo que não sei
Assumo os meus desejos, tento saciar a sede
Daquilo que nem sei

Só sei que eu espero que a vida me mande algo bom
Só sei que eu não quero cantar minha trilha fora do
tom

Tão comum
Se arriscar sem saber cem por cento se é bom
Tão comum
Sonhar mais alto do que se pode crer
Tão comum
Errar ao conjugar o verbo querer
Tão comum
Errar, errar e errar de novo

Tantas perguntas a responder
O que é certo? O que é bom e o que é real?
Antes de dar resposta
É preciso aprender a perguntar

domingo, 23 de maio de 2010

Plante uma árvore!


Hoje tive o prazer de ajudar a plantar algumas árvores.
Deus, como isso cansa! Mas o resultado é benéfico para todo mundo!
Eis o processo na imagem acima.
Sem mais delongas, fico por aqui. Já é tarde e o que mais quero e preciso hoje é descansar!
Sigam o bom exemplo e façam o mesmo. O planeta agradece! ;)



ps: Não apareço nas fotos acima pq não lembrei de levar a câmera para registrar esse acontecimento memorável. Mas eis todo o processo explicadinho nas fotos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Agradeça!



Quantas pessoas você conhece que não estão felizes com a vida que levam? Ou com o corpo que têm? Ou com as coisas que possuem?
Eu poderia dizer que 2/3 das pessoas que eu conheço não estão nada felizes.
A verdade é que bem poucas se contentam com o que já têm. Viver em uma sociedade capitalista tem dessas coisas. As pessoas se tornam extremamente consumistas. Se preocupam tanto em conseguir cada vez mais o que desejam que se esquecem de demonstrar gratidão pelo o que já possuem.
Por isso, eu incentivo você, caro leitor, a agradecer.
Agradeça por sua vida.
Agradeça por sua saúde, ainda que seja relativa.
Agradeça pelo alimento do dia.
Agradeça pelos objetivos já conquistados e pela maneira como chegaram até você.
Agradeça pelos dias felizes e pelas risadas sem motivo.
Porém, agradeça também pelo dia de chuva que te fez cancelar a praia do final de semana. Agradeça os fortes ventos que atrapalharam a tua net 3g. Agradeça o intenso calor que te fez torrar até chegar ao trabalho. Mas, acima de tudo, agradeça por ter acordado bem e disposto todos esses dias para ter vivido todos esses acontecimentos.

Simplesmente AGRADEÇA.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Agora sim Rio!!!



É com imensa alegria que posto o texto de hoje.
Para os ansiosos de plantão, que assim como eu, aguardavam a feliz notícia de termos junto a nós mais duas brilhantes jogadoras da seleção feminina de vôlei, digo orgulhosamente que a feliz notícia foi finalmente confirmada. E este ano teremos a nosso favor, jogando com a Unilever, as queridíssimas Mari e Sheilla.
Ambas, que anteriormente jogavam pelo São Caetano, assinaram contrato com a Unilever para o ano de 2010/2011.
Parece que o incidente com a torcida carioca no último confronto entre Unilever e São Caetano não impediu a Mari de aceitar a proposta de jogar aqui no Rio.
Com essa boa notícia confirmada, teremos em nosso benefício cinco das maiores e melhores jogadoras do mundo!
Que sejam bem vindas!!!

Com certeza estarei lá para apreciar de perto o desempenho delas e tirar a minha tão aguardada foto, claro! rs

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O ESPELHO (MACHADO DE ASSIS)



“(...) - Nada menos de duas almas. Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro... A alma exterior pode ser um espírito, um fluído, um homem, muitos homens, um objeto, uma operação.”


Um grupo de senhores, por várias noites, reuniu-se para discutir sobre os assuntos de alta transcendência – coisas metafísicas. No grupo, um dos participantes se destacava pelo silêncio. Numa das noites, incitado por um dos participantes, o casmurro usou a palavra – narraria um fato de sua vida e não consentia réplica. Não se tratava de opinião ou conjectura, era apenas uma demonstração da matéria debatida.
“Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas...” A afirmação causa perplexidade, mas o narrador não se intimida e reitera que existem duas almas: uma exterior, outra, interior... A alma exterior não é sempre a mesma, modifica-se com as circunstâncias. As duas juntas, metafisicamente, se completam, quem perde sua alma exterior vive incompletamente, e há caso de pessoas que perdem a existência inteira.
O homem continua relatando sua experiência de quando tinha 25 anos e fora nomeado alferes da Guarda Nacional. Tornou-se o centro de atenção de sua humilde família e passou a ser identificado como o Sr. Alferes.
Não tardou e uma tia que morava a algumas léguas, convidou-o a passar alguns dias em sua casa, com a farda naturalmente. Os dias passavam nas formalidades próprias de uma autoridade. A grande relíquia da casa, um grande espelho, fora colocado em seu quarto como sinal de admiração e orgulho.
“- O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias as duas naturezas equilibraram-se, mas não tardou que a primeira cedesse à outra; ficou-me uma parte íntima de humanidade. Aconteceu então que a alma exterior, que era dantes o sol, o ar, o campo, os olhos das moças, mudou de natureza, e passou a ser a cortesia e os rapapés da casa, tudo o que me falava do posto, nada do que me falava do homem. A única parte do cidadão que ficou comigo foi aquela que entendia com o exercício da patente, a outra dispersou-se no ar e no passado.”
Ocorreu o imprevisto e a tia teve que se ausentar por alguns dias. Restaram os escravos que utilizaram suas cortesias e louvores “Nhô Alferes é muito bonito, nhô alferes há de ser coronel”. Um concerto de louvores escondia suas reais intenções. Na manhã seguinte, todos haviam fugido.
O homem, após alguns dias, no silêncio vasto tornara-se um boneco que mal comia, seu corpo era dominado de dor ou cansaço, nada mais... Durante muitos dias não se olhou no espelho num impulso inconsciente, mas findo oito dias olhou-se no espelho com o fim de encontrar-se dois, mas o que viu foi uma figura vaga, dispersa, mutilada... Sabia que pelas leis físicas aquilo não era possível, mas sua sensação era real – o espelho refletia uma decomposição de contornos. Em desespero, em meio a feições fragmentadas, teve a idéia de vestir a farda de alferes e tornou a mirar-se. O homem, alferes, enfim, havia encontrado sua alma exterior.
“Essa alma ausente com a dona do sítio, dispersa e fugida com os escravos, ei-la recolhida no espelho.”