terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Saudade


Aí está um sentimento que só nós que falamos o bom e velho português deveríamos sentir. Já que a palavra SAUDADE só existe em nosso belo e rico idioma, só nós deveríamos ser privilegiados com esse nostálgico sentimento.
Que egoísta eu sou, não?! Não. Por se tratar de um fato deveria ser assim.

Costumo dizer que só nós sentimos "saudade" de alguém. Os americanos, ingleses e canadenses "sentem falta". Já os latino-americanos e os espanhóis "te extrañan" ou "echan de menos".

A verdade é que por mais que existam palavras em outros idiomas que tentam corresponder a SAUDADE, nenhuma delas podem definir ou traduzir com exatidão essa nossa palavrinha. Nenhum tradutor é completo. Pois sentir saudade é algo muito mais profundo do que sentir falta.

Agora pense comigo, se a saudade é uma coisa que todo mundo sente, uma hora ou outra, não deveria essa palavra existir em TODOS os idiomas? Por que só nós a possuímos? Seria isso um privilégio ou uma infelicidade? O que você acha?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Para que ninguém a quisesse - (Marina Colasanti)


Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras. Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela. Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
In: Conto de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. P. 111-2.

domingo, 10 de janeiro de 2010

E mais uma vez deu Unilever!!!


A galera que me conhece sabe que falar sobre vôlei é comigo mesma. E hoje não é diferente. Estou aqui para descrever vividamente qual é a sensação de assistir de perto, ao vivo e a cores, uma partida de vôleibol feminino com várias das jogadoras mais amadas desse nosso Brasilzão!
Hoje me reservei o direito de ir com uma amiga ao maracanãzinho assistir ao jogo de duas grandes equipes, Unilever x São Caetano. Como boa carioca que sou confesso que ver as meninas do time do Rio enfrentar as de Sampa tem sempre um gostinho especial. Ainda mais quando no time adversário temos nomes como Mari, Sheila, Fofão... Não é todo dia que você pode se deliciar assistindo grandes jogadoras como essas. Do lado do Rio a gente tinha Fabi, Fabiana, Érika, Dani Lins, Carol Gattaz, Joycinha, Regiane... Nomes consagrados da nossa querida seleção feminina, entre outras jogadoras.
O que mais me impressionou foi o Bernadinho. Ele é exatamente aquela pessoa "nervosa" que a gente vê na TV. E ao mesmo tempo o melhor técnico do mundo!
O show de solidariedade que os cariocas deram também foi algo muito bonito de se ver. Ao todo, 9 toneladas de alimentos doados para ajudar as pessoas que sofreram perdas com as chuvas em várias cidades do estado do Rio de Janeiro. As jogadoras do Rio não fizeram por menos, doaram mais 9 toneladas. Ao todo, 18 toneladas doadas.
O maracanãzinho estava tanto cheio quanto bonito. Eram quase 10.000 pessoas que lotavam o ginásio. A torcida fez a festa o tempo todo, muito mais quando a vitória das meninas da Unilever foi confirmada num 3º set disputadíssimo. Apesar de torcer pelo Rio não tive como me conter a cada ataque bem feito da Mari e da Sheila. Eu gritava bem alto todas as vezes que elas iam pro saque. E isso irritou algumas pessoas que estavam ao meu lado torcendo pro Rio. Mas pense só, eram a Mari e a Sheila, como eu, que sou louca por essas duas, poderia não gritar? Claro que gritei, gritei muito. Porém, gritei muito mais ao ver a vitória do Rio, mais uma vez, só que dessa vez vi pessoalmente.
Depois do jogo, momento de tietagem... Fiquei a espera das jogadoras para ver se conseguia tirar fotos com elas. E consegui! Com 3 delas pelo menos. Mas não foi dessa vez que tirei foto com a Fabi. Essa foto ela ficou me devendo, mas outras oportunidades virão. Agora que descobri o caminho das pedras não vou querer outra vida. Afinal, me identifico total com aquelas meninas simpáticas. Eu bem que poderia ser uma delas. Será???

sábado, 2 de janeiro de 2010

Parcialmente sóbria?!?! Quem diria...


Quem diria que um dia eu estaria aqui no meu blog escrevendo sobre uma situação um tanto quanto rara pra mim.
Hoje à tarde me dei ao luxo de almoçar ao acompanhamento de um bom vinho. Só que pra pessoas fracas pra bebida como eu, isso resulta no mínimo, em constrangimento. E não deu outra, de ínicio estava parcialmente sóbria, mas logo depois fiquei alta com pouca coisa. E isso me trouxe uma dor de estômago, dor de cabeça e tonteira, além de um sono tremendo. Mas nada como ter amigos experientes que estão sempre prontos a dar dicas de como curar manguaça.
Graças a uma amiga bem intencionada eu melhorei em questão de tempo.
E aqui está o segredo; cure ressaca de vinho com o próprio vinho. Você pode não acreditar, mas funciona mesmo. Eu sou prova viva disso.
Bjus e até a próxima! Quero dizer, até o próximo texto, e não até a próxima ressaca! Fuiii

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Quero mudanças! E você?


Quando um ano termina sempre fica aquela sensação nostálgica e ao mesmo tempo gratificante por se ter conquistado coisas esperadas ou vencido obstáculos aparentemente insuperáveis. Não raro as pessoas fazem planos para o ano seguinte prometendo a si mesmas que farão o possível e o impossível para conseguir realizá-los.
Há quem busque mudanças externas; em sua aparência, em sua casa, no trabalho e assim por diante. Mas há também pessoas que, assim como eu, se preocupam mais com as mudanças internas.
Não que seja necessário esperar um novo ano começar para se fazer as mudanças necessárias. Mas não posso negar o fato de que quando se começa pelo "começo" as coisas tendem a dar mais certo. Você se dedica mais. É como se você devesse esse favor a você mesmo, buscar melhorar naquilo que lhe é necessário, seja externa ou internamente.

Há um tempo atrás eu postei aqui a necessidade das mudanças e o quanto são inevitáveis. Hoje, algum tempo depois continuo com o mesmo conceito e acrescento mais. Além de serem inevitáveis são indispensáveis.
A dica é a seguinte:
-tenha alvos.
-empenhe-se por eles.
-não desista no caminho.

Tenho certeza que dessa maneira você consegue e eu também. Afinal, quero mudanças! E você?