quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Escolhas



Nunca foi o meu forte fazer escolhas. Está pra nascer alguém que seja tão insegura e indecisa quanto eu. E o que muito me surpreende é que bem poucas pessoas percebem isso (agora, não mais! rs). Mas a culpa não é minha! (Eu prefiro acreditar q não! kkk)
Tudo começou há quase 20 anos atrás quando eu sempre tinha ao meu dispor pessoas que decidiam tudo pra mim. Me davam de comer, me vestiam, me levavam à escola, me colocavam pra dormir...
Está bem, mas você talvez se pergunte: todo mundo não passa por isso? Não é assim que tem que ser? É, provável sim. Mas o que eu quero trazer a sua atenção é que isso não parou por aí, na infância. Na minha adolescência eu também tive pessoas que faziam as minhas escolhas.
Geralmente, quando se entra na adolescência os jovens acham que são donos dos próprios narizes e que já sacam tudo da vida e podem agir como bem entendem. A partir daí eles começam a se deparar com suas primeiras decepções, seus primeiros erros. Muitas vezes por não acatar o que papai e mamãe disseram lá atrás. Esses erros são frutos de quê? Sem dúvida, de suas ESCOLHAS. Escolhas corretas resultam em contentamento, alegria, madureza. Escolhas erradas resultam em decepções, frustrações, e às vezes, em traumas. Mas há quem aprenda com seus erros para mais adiante não repeti-los e há quem faça deles leais companheiros para o resto da vida.
Novamente, você talvez se pergunte: mas não é assim que se amadurece, fazendo escolhas? Muitas vezes até mesmo quebrando a cara? Sim. Longe de mim negar isso. Porém, em meu caso, especificamente, a madureza chegou de outro modo. Pois em toda minha adolescência eu não tive q fazer escolhas difíceis. Coisas triviais sim, mas escolhas importantes, quase nunca. Sempre me foi dito o que fazer, como fazer e quando fazer. Não precisei quebrar a cara para ver que aquele não era o caminho. Não precisei me magoar ou magoar alguém para entender que algo não era bom pra mim. Não precisei tomar veneno para saber que mata. E com isso eu acabei me tornando uma grande observadora e pude aprender dos erros alheios. No entanto, infelizmente continuo num dilema sem fim. Não raro, nunca consigo me decidir entre doce ou salgado, hamburguer ou pizza, pudim ou mousse, sorvete ou milk shake.
Será que ainda há esperança para o meu caso? Quem sabe daqui há um tempo eu não consiga decidir por conta própria.

Um comentário:

  1. Nada na vida é mais frequente do que ter que tomar decisões. Fazemos isso a todo instante, desde que abrimos nossos olhos. E nada, é mais difícil também, do que saber tomá-las. Acho que foi por isso que Shakespeare disse: Ser ou não ser. A vida siginifica isso: escolhas!
    Então, não se preocupe tanto. Assim como a Chloe tomaras as melhores decisões!! rsrsr
    Bjs!

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