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sexta-feira, 5 de abril de 2019

Coração de Menina (Por Srta Sullivan)


   Ela, que ao longo da vida esbanjava liberdade, sentiu-se presa quando se viu adulta. Tal prisão lhe causava receio, não porque o mundo a aprisionava, mas porque as pessoas não sabiam ser livres também. 
   A liberdade não é algo que se conquista facilmente. E pra ela não tinha sido diferente. Muitos afazeres lhe roubavam o tempo que precisava dedicar a si mesma. E em meio a tantas ocupações, ela ainda conseguia encontrar um tempinho para dedicar a uma das suas maiores paixões: a música. Seu violão era seu grande amigo. Quando ninguém podia entendê-la, ele estava ali, transformando em melodia seus sentimentos mais profundos. Assim ela se encontrava novamente com sua liberdade e se abria pra vida.
   Suas principais qualidades - simplicidade, companheirismo e lealdade - lhe pertenciam desde a infância, logo, eram as mais admiráveis. Uma pena era ela não saber que nem todas as pessoas à sua volta seriam recíprocas ao seu frágil coração. E ninguém podia negar que seu coração era tão lindo e aberto quanto um coração de menina.
   Sua natureza calma e reservada abrigava uma mulher intensa e possessiva. Queria todos para si. Mas nem todos eram dignos. Quando se deparou com essa dura realidade, sofreu intensamente. Mas nem assim fechou seu coração. Continuou acreditando na bondade do ser humano. Afinal, ele foi feito "à imagem de Deus". Isso por si só já era o suficiente para ela continuar tendo uma visão positiva da vida, mesmo que lá no fundo, bem no fundo, suas cicatrizes ainda lhe causassem um certo aperto no peito.

domingo, 10 de junho de 2018

O que a gente faz com o que - aparentemente - não tem serventia? (Por Srta Sullivan)


Esses dias eu estava faxinando o meu quarto e me deparei com um montão de coisas que nem lembrava que tinha. Sabe quando você tira o dia pra arrumar uma bagunça de meses? Pois é, foi meio isso. Não que o meu quarto seja tão bagunçado assim, mas... Vocês entendem.
Roupas, CDs, Livros... Coisas que não eram visitadas há séculos, embora estivessem tão pertinho de mim. Até materiais esportivos eu encontrei... Objetos de uma época em que eu me considerava "a atleta". Tudo isso me fez pensar em como a gente acumula coisas de que não precisa e vai simplesmente deixando ocupar espaço. O mesmo acontece com as pessoas em nossas vidas. Às vezes, por puro comodismo, a gente vai acumulando pessoas ao nosso redor que não tem razão de estar ali. Elas vão ocupando um espaço que poderia ser enriquecido com pessoas que merecessem mesmo tal posição. E o que a gente faz quando essa percepção vem à tona? Se conforma e deixa tudo como está ou toma uma atitude?
A nossa reação vai depender do grau de incômodo que isso nos causa. Eu, por exemplo, tenho uma certa dificuldade de jogar coisas fora. Pra mim, de algum jeito, tudo pode ser reaproveitado. Mas nem sempre pode né. É uma coisa que eu tenho que aceitar. Mas e pra você? Você prefere jogar fora ou reciclar?
Quando se trata de pessoas o melhor é tentar "reciclar". Existem relacionamentos que podem ser recuperados e melhorados, sejam eles românticos, fraternais, paternais, etc. Porque na maioria dos casos, as pessoas à nossa volta valem o nosso esforço e sacrifício. Mas se for o caso de não valer, só você pode mudar isso da maneira que julgar mais apropriada. O que não vale é não fazer nada e continuar acomodado e insatisfeito com a situação. Então, de vez em quando, faça uma faxina na vida. Vale a pena descobrir o que a gente pode mudar pra melhor.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Pessoa favorita (Por Srta Sullivan)

Existem pessoas que conhecemos ao longo da vida que se tornam únicas de uma maneira muito pessoal e especial. São elas que suportam o nosso verdadeiro eu sem sair correndo de medo ou desespero. Nem sempre entendemos como ou porque isso acontece, mas acontece. E, com o tempo, conseguimos entender que elas chegaram pra ficar e nos sentimos extasiados.
Existem pessoas para quem fomos feitos. E existem pessoas que foram feitas pra nós. O mais legal nisso tudo é quando o encaixe acontece. Por isso existe amigo favorito, irmão favorito, pai ou mãe favorito, filho favorito (mesmo que os pais nunca admitam), amor favorito... Enfim... Todo mundo tem uma pessoa favorita no universo. Se não tem, deveria ter, porque faz um bem danado!
Sendo assim... Seja a pessoa favorita de alguém! Seja digna de ser única na vida de um ser querido! Honre essa pessoa com o melhor que puder e saiba reter em sua vida o melhor da pessoa favorita que te cerca.

domingo, 10 de abril de 2016

Amizade 3 em 1


No último ano conheci uma menininha linda por quem me apaixonei. Não digo paixão no sentido romântico da palavra, mas no sentido de uma predileção acentuada. Em pouco tempo ganhei dela a grata alegria em saber que tamanho sentimento era recíproco! Mas grata ainda fiquei quando dei por mim quão rara e bela é esse tipo de amizade que passamos a desenvolver. Eu, que sempre gostei de fazer novos amigos, me vi pela primeira vez vivenciando um tipo diferente de amizade. Não era apenas uma amizade fraternal, como se tem por um amigo que se torna um irmão. Era mais terna que isso, mais afetiva. Era maternal também, como o amor de uma mãe por uma filha. Uma mãe muito carinhosa, cuidadosa, que orienta e protege. Uma mãe que se torna amiga e irmã. Uma amizade 3 em 1. Dizendo assim talvez seja meio complicado de entender. Mas assim cresceu essa amizade. Tornei-me mãe, irmã e amiga de uma só pessoa.
Desenvolver uma amizade desse tipo é uma responsabilidade um tanto pesada, mas ao mesmo tempo muito prazerosa. Faz com que nos esforcemos mais, nos doemos mais. Faz com que nos importemos verdadeiramente com o outro, na maioria das vezes, mais do que com nós mesmos.
A humildade é intensamente trabalhada. E a paciência é testada até a última gota! Para quem tem problema de orgulho, ele acaba perdendo a vez sem você perceber. E isso é ótimo! Porém, o mais legal, é que numa amizade assim nós crescemos. Mais do que isso, nós entendemos o verdadeiro sentido do que é ser amigo de alguém.... É se doar por inteiro!

domingo, 17 de janeiro de 2016

Essência (Por Srta Sullivan)


Intensa! Uma pessoa dominada pelos próprios sentimentos. Porém, surpreendentemente racional. No rosto trazia um olhar de menina, doce e agradável. No peito, a esperança de alcançar uma vida plena e feliz. E no coração, algumas marcas que a ensinaram a ver a vida com outros olhos.
Tinha sonhos e queria realizá-los. Quando percebeu que tudo que desejava era possível, foi em busca de seus objetivos, mas sem tirar os pés do chão. E nem os obstáculos no caminho eram motivos para ela desistir. Muito pelo contrário, a impulsionaram para ir além.
Embora fosse uma moça de pouca idade, carregava dentro de si uma maturidade que aprendeu na marra, com a vida, Seu coração grande e amável havia abrigado pessoas que não eram dignas dele e isso lhe causou algumas decepções. Mas mesmo tendo sua confiança traída, ela sequer deixou de confiar no ser humano. Seu coração estava sempre aberto para abrigar novos hóspedes.
Qualquer ser humano normal, no mínimo, se fecharia como uma ostra e se pouparia do risco de viver novas decepções. Mas ela não era normal. Era uma espécie rara, dessas que só se conhece uma vez na vida, e isso se você estiver no lugar certo, na hora certa.
Sua paixão pela vida lhe permitia correr o risco de se relacionar com quase desconhecidos. E foi essa entrega arriscada que lhe trouxe pessoas queridas e confiáveis. Pessoas que ela já não sabia mais viver sem. Justo ela que tão cedo aprendeu o que era traição, também tão cedo aprendeu o que era ter sua confiança verdadeiramente honrada.
Talvez se tivesse se fechado jamais descobriria o que é ter amigos de verdade. Talvez se tivesse se fechado jamais conheceria o verdadeiro significado da palavra fé. Talvez se tivesse se fechado jamais recuperaria sua essência* tão linda e que conquista a todos à sua volta.

Nota: dedico este texto a uma querida amiga que me serviu de inspiração para tal.

*essência: aquilo que é o mais básico, o mais central, a mais importante característica de um ser ou de algo.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Um Encéfalo Em Comum


Há pouco tempo conheci uma pessoa que já faz parte da minha vida como se fôssemos amigas de infância. É curiosa essa sensação de se sentir velha amiga de alguém que você mal conhece. Ao mesmo tempo é uma sensação atraente. Mais curioso ainda é descobrir a quantidade de coisas em comum que se pode ter com uma quase desconhecida. Faz você pensar: quantas pessoas por aí são tão parecidas comigo? E não digo parecidas no sentido superficial da coisa. Mas parecidas num sentido mais profundo. Princípios, valores, crenças, qualidades, defeitos... E gosto musical também, porque sinceramente, não creio que seja algo que se possa chamar de superficial.
Neste mundo onde quase sempre ouvimos dizer que os opostos se atraem, passam quase que imperceptíveis os nossos iguais. E ao contrário do que talvez pareça, não é nada chato e monótono conviver com pessoas parecidas conosco. Pelo contrário, é divertidíssimo! Quem tem uma maneira de olhar parecida com a nossa costuma mais facilmente nos compreender. Você não se sente obrigado a explicar tudo o tempo todo, porque na maior parte do tempo as coisas são claramente entendidas. É tão mais simples. E às vezes o tão mais simples é muito bom também. Digo isso porque, sem perceber, nos acostumamos a gostar do tão mais complicado.
Cada encéfalo é único e especial à sua maneira. E neste meio tempo, sem sequer esperar, encontrei um que tenho apreciado muito. E espero continuar apreciando. Afinal, um encéfalo que não bate de frente com o meu não é nada fácil de encontrar.

domingo, 27 de setembro de 2015

Ela Nunca Se Deixou Acomodar (Por Srta Sullivan)


Delicada, meiga, madura... Talvez fossem essas as qualidades que a definiriam num primeiro instante. Mas a conhecendo de perto, intimamente, duvido que alguém se limitaria a isso.
Era de longe uma pessoa muito gentil. E de perto também. Verdadeira em cada gesto e palavra. Sincera, sim, mas sem perder a graciosidade. Pessoa agradável, dessas que cuidam e zelam pela família e amigos, sabe? E embora vivesse rodeada de pessoas queridas, sabia cuidar muito bem de si. Tanto que às vezes, reservava tempo para ficar sozinha, incluindo tempo para se conhecer.
Trazia no olhar uma alegria de viver. No peito trazia uma paixão pela vida e também pelos animais. Em especial por uma cadelinha muito fofinha. Queria viajar o mundo inteiro, conhecer tudo, principalmente a si mesma. O autoconhecimento nunca lhe escapara da mente. Era algo que ela sabia que precisava alcançar. Ao contrário do que pudesse parecer, ela nunca se deixou acomodar e foi em busca do seu conhecimento pessoal. Desbravar a si mesma era o seu maior desafio. Mas ela não se deixou intimidar. Correu riscos, enfrentou seus medos, fortaleceu sua fé. E foi justamente a sua fé que a conduziu nos momentos mais tenebrosos. Sua fé a ajudou a seguir seu caminho sem olhar para trás. No entanto, apesar dos desafios e das pedras no caminho, ela continuava destemida, não se entregava. E assim seguiu com a vida. Viajou. Apaixonou-se. Viveu! Porém, a vida que ela sonhava ainda não tinha sido realmente alcançada. Por isso se empenhou para viver a vida que desejava alcançar no futuro. Onde todos além dela poderiam usufruir plenamente a felicidade. Só de pensar em quão perto ela estava dessa vida que sempre almejara, só de imaginar que tudo estava tão perto de acontecer, ela fitou o horizonte, ergueu a cabeça e seguiu feliz.

domingo, 12 de abril de 2015

Coração Sem Armadura (Por Srta Sullivan)


Seu sobrenome era 'força', pois tamanha era a força que possuía dentro de si. Já a coragem lhe faltava às vezes, mas sabia disfarçar. Trazia no peito um sentimento profundo, porém pouco conhecido; o medo. Medo de amar e não ser amada. Medo de ferir os à sua volta. Medo de ser dura ao extremo. Medo de não conseguir perdoar. Medo de não ter um final feliz... Mas quem quer apenas um final feliz? Ela queria mais do que isso. Queria ser feliz por inteira, pela vida inteira!

Sabia que o medo precisava ser vencido, mas que sozinha talvez não conseguisse. Mesmo assim resolveu arriscar. Reuniu forças, criou coragem e foi à luta. Devido às circunstâncias ela começou a se entregar mais, se alargar mais. E gostou do modo como passou a se sentir. Ser mais aberta lhe custava um pouco, mas não ser lhe custava bem mais.

Sabendo os riscos que um coração sem armadura poderia correr, se sentiu insegura e se protegeu como pôde. Mesmo sem saber se tal proteção seria realmente necessária, ainda assim manteve o coração aberto. E para a sua alegria, isso lhe rendeu amizades leais. Pessoas que estariam sempre ao seu lado. No entanto, o amor continuou longe de vista, mas ela aprendeu a esperar por ele. Mesmo levando mais tempo que o necessário, com ou sem amor, ela se tornou mais segura, mais corajosa, e muito mais feliz.

domingo, 2 de novembro de 2014

Os Pássaros Sempre Voam

   
   

   John Steinbeck escreveu: "Parece para mim que se você e eu temos que escolher entre duas maneiras de pensar e agir, nós devemos lembrar que vamos morrer e tentar viver de forma que a nossa morte não traga nenhum prazer para o mundo."

   Quando a gente pensa na vida, esquece que um dia ela termina. Mesmo sendo a morte uma coisa muito presente, a gente vive como se ela não existisse. Até que um dia... Até que um dia ela chega, trazendo dor, angústia e sofrimento. E por mais que a gente tenha que lidar com ela, a gente nunca está preparado.
   Alguém me disse uma vez que, nossos entes queridos são como passarinhos e que a morte é como um voo sem volta. Uma hora os passarinhos voam e...
   Sabendo que um dia nós também voaremos, devemos "tentar viver de uma forma que nossa morte não traga nenhum prazer para o mundo." Isso só acontecerá se vivermos de uma forma significativa. Nossa vida deve ser especial, sem clichê. Nossas ações precisam ser inspiradoras. As pessoas ao nosso redor devem ver algo maravilhoso em nós. Algo que as motive. Só assim nossa morte não trará nenhum prazer ao mundo. Pelo contrário, o deixará de luto profundo.
   A vida é preciosa demais para ser desperdiçada com questões mesquinhas e ações egoístas. Seja um exemplo positivo na vida de alguém. Seja um exemplo positivo na sua própria vida!
   Sendo assim, faça longa e significativa a sua caminhada antes que chegue a sua hora de voar.

domingo, 1 de junho de 2014

Demora, mas você se cura


"Não existe desespero tão absurdo quanto aquele que surge nos nossos primeiros momentos de nosso primeiro grande sofrimento, quando não conhecemos ainda o que é ter sofrido e se curado, ter se desesperado e recuperado a esperança." - George Eliot

sábado, 4 de janeiro de 2014

Tudo novo de novo?



Início de ano, verão na área, calor escaldante e um ano inteiro pela frente. Aqui estamos nós, mais uma vez, iniciando outra etapa de nossas vidas. Aquele momento em que 90% das pessoas se comprometem em fazer tudo novo de novo. Promessas estas que geralmente só ficam na intenção. Às vezes, nem isso. Mas o que conta mesmo é a determinação de cada um. Se você quer iniciar algo novo, vá em frente. Se precisar reavaliar suas escolhas e mudar várias delas, não se intimide. O que não muda não evolui. Tenha em mente que não é preciso esperar um novo ano começar para dar uma virada na vida. Mas já que é janeiro e estamos aqui, por que não? :)

sábado, 21 de setembro de 2013

Jamais desista!

Como a gente sabe que a vida é tudo o que a gente sonhou? Em que horas bate essa luz de certeza e a gente diz "é isso!"? Acho que nunca acontece de verdade. Porque... Por mais que a gente alcance os nossos objetivos, tem sempre alguma coisa a ser alcançada ainda. Sempre uma nova busca, um novo interesse. Algo que nos instigue e tome nossa atenção. Porém, ainda que sempre tenha algo por vir, é bom saber que alvos foram alcançados com êxito. É muito bom saber que a gente "chegou lá" e os sonhos se tornaram realidade. E é melhor ainda saber que a gente e as coisas a nossa volta estão sempre mudando. Por mais que se consiga vitórias, por mais que os sonhos se realizem, há sempre uma nova busca pela frente. É isso que faz a vida surpreendente. Jamais desista!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Invista no que te enriquece (em todos os sentidos!)

 


Na boa? A questão nem é 'não dar certo ou não ser feliz'. A questão é ter tudo para dar certo e não dar. Ter tudo para ser feliz e não ser. Porque quando tem tudo para dar errado, tudo para ser infeliz, você sabe onde está se metendo e tenta com todas as forças reverter isso. Mas a partir do momento que tudo pode ser diferente, satisfatoriamente diferente, você não se previne nem se cuida quanto a isso. Você simplesmente se joga! E é aí que você peca.
Dificilmente você financia algo que tem tudo para dar certo. É contraditória esta ideia, eu sei. Mas digo financiar, no sentido de dar atenção, cuidado, dedicação extra. Porque se tem tudo para dar certo, é como se precisasse de mais nada. Nada de cuidado, atenção, dedicação extra. Tudo normal, habitual...
'Atenção extra, pra quê? Não precisa', você talvez conclua. Mas é aí que você se engana.
Talvez, apenas talvez, uma coisa que tem tudo para dar certo precisa de mais atenção do que outra que tem tudo para dar errado. E geralmente se faz o contrário. Investe-se todos os vinténs naquela que tem tudo para nos falir. Não sei porque, mas às vezes, o coração da gente cria doces ilusões que são tão doces e convincentes que levam a nossa mente a acreditar. O mais difícil de funcionar se torna mais interessante, como se fosse mais precioso por tal dificuldade. E bem sabemos que nem sempre é. E de fato, acabamos indo a falência quando nos deixamos convencer. Tem tudo para dar errado, você está vendo que boa coisa não é e investe assim mesmo. Pronto. Tiro e queda.
Existe uma crença muito difundida que tudo que é mais difícil, arriscado, improvável no fim das contas dá certo. O que ninguém divulga é que isso não é um fato. Pode acontecer? Pode. Agora se vai mesmo acontecer ninguém pode afirmar.
Sendo assim, invista no que te enrique (em todos os sentidos!) Recomeçar de novo, e de novo, e de novo, pode ser cansativo depois de um tempo. Ou não... É só uma dica! ;)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Fizeram a gente acreditar... (Martha Medeiros)


"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo,
amor pra valer, só acontece uma vez
acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de
nós é a metade de uma laranja, e que a vida
só ganha sentido quando encontramos a
outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros,
que ninguém em nossa vida merece carregar
nas costas a responsabilidade de completar
o que nos falta: a gente cresce através da
gente mesmo. Se estivermos em boa companhia
é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar que só há uma
fórmula de ser feliz, a mesma para todos,
e os que escapam dela estão condenados
à marginalidade. Não contaram que estas
fórmulas dão errado, frustram as pessoas,
são alienantes, e que podemos tentar outras
alternativas.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado
por você mesmo, vai poder ser muito feliz
e se apaixonar por alguém."

domingo, 14 de abril de 2013

Quem Morre? (Martha Medeiros)

Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo

Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar. 

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou 
Não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, 
Justamente as que resgatam o brilho dos 
Olhos e os corações aos tropeços. 

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz 
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto 
Para ir atrás de um sonho, 
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, 
Fugir dos conselhos sensatos...

Virando a página!

Mudar é sempre bom. Mudar hábitos, principalmente. Tudo que permanece igual se torna enfadonho, tedioso... As coisas precisam se renovar. A vida da gente precisa seguir. Ah como eu gosto dessa palavrinha: mudança. Traz um ar de renovação que muito me agrada. É como se um capítulo se encerrasse e outro começasse.
Acredito sinceramente que  para mudar alguma coisa na vida da gente requer coragem e disposição. E como não está em mim permanecer a mesma, cá estou virando a página. Tudo me leva a crer que o próximo capítulo será bem mais interessante.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O que aconteceu com a gente?

A gente era tão amigo. Tão cúmplice. Tão próximo. O que aconteceu com a gente?
Lembro-me das conversas, das risadas, dos passeios... Das histórias, sempre longas e emocionantes. Dos abraços, então. Sempre apertados e demorados. E das lágrimas, intensamente choradas.
Lembro-me de como era forte nossa ligação. Tão segura e eterna que jamais se perderia. Que jamais se perderia... Mas que se perdeu. O que aconteceu com a gente?
Lembro-me de como nos divertíamos. O tempo passava e a gente nem sentia. Quando estávamos juntos tínhamos todo tempo do mundo. Cada momento era único. Tudo se explicava. Tudo fazia sentido. Mesmo no silêncio nossos corações se entendiam. O que aconteceu com a gente? Morremos em nós mesmos? Matamos um ao outro? Ou aprendemos a viver separados?... É possível que dentro de nós ainda estejamos vivos. Será que algum dia saberemos? Para o nosso bem, espero que sim.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Sim, eu me importo!


Você tem noção de quantas pessoas realmente dão atenção aos problemas alheios? Ao que parece são bem poucas. A maioria não está "nem aí" quando se trata do nariz dos outros. Grande parte só se preocupa com as próprias dificuldades. Ninguém tem mais tempo ou paciência para ajudar ou simplesmente ouvir outra pessoa. Ou melhor, quase ninguém. Digo isso porque tenho observado e tenho notado como muitos reagem quando o assunto não envolve suas próprias vidas. Não que o interesse pela vida alheia tenha diminuido. Não, longe disso. As pessoas continuam fofoqueiras e tagarelas. Mas falar da vida dos outros não é o mesmo que ouvir com atenção/interesse e fazer algo que possa de alguma forma acrescentar a vida de tal pessoa.
Se olhar bem não é difícil fazer isso. Principalmente quando se trata de alguém que se gosta. Talvez seja por isso que "amar o próximo" tenha sido colocado como o segundo mandamento na Bíblia, lá em cima quase no topo da lista. Para que fosse percebida a importância e a necessidade de não nos importarmos somente com as nossas próprias vidas.
Eu não estaria aqui, escrevendo a respeito, se realmente não acreditasse no quanto isso é necessário. E longe de mim estar sendo hipócrita! Jamais perderia meu tempo escrevendo sobre algo que não estou aplicando.
Sinceramente? Sim, eu me importo!

sábado, 13 de outubro de 2012

Doce Primavera... (Por Srta Sullivan)

Dia nublado. Chuva fina pela manhã. Vento gelado. Sol à tarde entre nuvens. Noite agradável... Isso é respirar a doce primavera. Poucas pessoas negariam que esta é sua estação favorita. Não precisa ser um romântico declarado para apreciá-la. Não precisa ser um expert em flores para admirá-la. A primavera é encantadora por si só. De uma beleza inspiradora e alegre. Te faz querer assoviar, andar saltitando pela rua, cumprimentar desconhecidos pelas calçadas da vida... Te faz querer se apaixonar. Ou dividir um momento especial com alguém.
A primavera é mesmo apaixonante. Traz consigo um gostinho doce de vida no campo. Exibe um curioso olhar de criança, prestes a descobrir um novo amanhecer. Oferece-nos uma liberdade delicada de borboleta. Nos inebria com sua exuberante beleza.
Que cada amanhecer nos traga novas possibilidades para que possamos aproveitar esta doce estação.

domingo, 5 de agosto de 2012

A Arte de Ser Feliz (Cecília Meireles)



Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser
feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma
época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas
todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com
a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie
de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as
plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e
meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o
jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças
que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e
fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como
refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de
Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo
está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto
completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades
certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não
existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e
outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.