segunda-feira, 10 de agosto de 2009

"Cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo"

Tiago 1: 14)

Há situações na vida da gente que nos provam pra valer. Estas nos consomem e fatigam até o limite. A estas chamaremos de “tribulações”.
Há situações que nos sobrevêm para sabermos até onde conseguiremos ir, o que poderemos alcançar e como lidaremos com elas. A estas chamaremos de “desafios”.
Mas há situações que, de uma forma ou de outra, buscamos. Imploramos pra viver, ainda que não saibamos como encará-las. Ainda que não entendamos como se propagarão. Ou ainda que joguemos tudo pro alto para vivê-las por uma única vez. Um único momento. Um breve instante. A estas chamarei de “desejos”.
Desejos nada mais são do que vontades, intensas vontades, reprimidas ou não, que temos a todo instante. São esses desejos que nos fazem agir com imprudência, perder a razão, ou “nos jogar.” Ou seja, agimos sem pensar duas vezes.
Confesso que tais desejos são atrativos e exuberantes. Na maioria das vezes é bem difícil resistir a eles. Eu mesma já sucumbi algumas vezes. E em quase todas elas me recuperei bem. Mas teve uma ocasião, em especial, que deixou “marcas” ou “lembranças”. Acredito que não tornaria a repeti-la, mas por si só tornou-se inesquecível. Já faz quase três anos e ainda parece que foi ontem. Mesmo sabendo que em conseqüência desse desejo eu perdi a confiança da minha mãe, a decepcionei e me senti totalmente culpada por isso, não consigo ignorar a sensação de bem-estar, de alegria, de euforia que senti naquele momento. Não era nada demais. Talvez nem fosse uma grande coisa, mas mesmo assim eu canalizei minhas energias em prol daquele show. Hoje eu não agiria da mesma maneira, porém não posso afirmar que não faria de outro modo para chegar ao mesmo destino. Não, não... Acho que não faria...
Eu fui provada e engodada pelo meu próprio desejo. E o pior, eu não passei na prova. Mas aprendi com ela. Então, como diria Ana Carolina: “nem o erro é desperdício”, ou melhor, foi desperdício. No meu caso não foi, não. E no seu, é?! Ou melhor, será?!

P.s: Dedico esse texto a minha fofa e grande amiga, Cella, que no atual momento vive a esbanjar-se com as vívidas lembranças de um show bem curtido!
Amiga, não te repreendo nem te culpo porque eu sei bem qual é a sensação!

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