quinta-feira, 11 de março de 2010

I (L) SP


No último fim de semana viajei com minha mãe e vários amigos para uma cidadezinha encantadora no "interior" de São Paulo. Cesário Lange era o nome do lugar.
Para as pessoas que me conhecem e reconhecem minha grande paixão pela vida no campo, fica fácil saber como eu me senti estando, ainda que por poucos dias, num lugar assim. Muito mais feliz do que pinto no lixo, como diria minha irmã.
A vida no interior tem atrações naturais, o que muito me agrada. E para minha plena felicidade, tinha chuveiro elétrico! Pronto, daí eu estava feita. Completamente à vontade.
O curioso é que não choveu lá. São Paulo é um lugar conhecido por viver submerso e presenciar justamente o contrário é um marco histórico na vida de qualquer um. Mas curioso ainda foi voltar pro Rio e saber que o dilúvio de Sampa rolou aqui. Quem diria...
Vale lembrar que quando chegamos lá, sim, estava chovendo. Mas era a garoa de sempre, que todo mundo conhece. O que foi surpresa foi o sol brilhar pra gente horas depois. Mais surpresa ainda eu fiquei quando, consequentemente, comecei a sentir calor. Me senti, mais uma vez, em casa.
Confessarei que não me senti nem um pouco em casa com o frio da noite. Na verdade, nenhum carioca se sentiu à vontade. E fomos claramente identificados porque nenhum paulista andava agasalhado como nós. Nossa maneira de nos vestir é bem diferente da deles - já acostumados com a noite fria.
Não acho necessário comentar o sotaque dos paulistas porque vocês já fazem ideia de como é. Também nem preciso dizer que a articulação deles não é muito clara e isso faz com que você peça para a caixa do supermercado repetir 3 vezes a mesma frase até que você claramente a entenda. Não contarei também que mesmo no interior você acha muitas pessoas de estilo alternativo. E por mais que você queira fugir da confusão que é a cidade grande, é super estranho passar pela praça mais movimentada de um lugar e não ver sequer uma pizzaria, ou churrascaria, ou lanchonete, ou um boteco na esquina. Tudo o que você encontra aberto são: mercados, drogarias e uma sorveteria.
Mas também, o que eu podia esperar? Eu estava no "interior", em meio a muito verde, rios, árvores, respirando ar puro, livre, leve e solta! Isso já foi o suficiente para me deixar feliz.
Hoje, dias depois, ainda sinto o cheiro da grama. Estranho, né? rs

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