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sexta-feira, 3 de março de 2017

Pessoa favorita (Por Srta Sullivan)

Existem pessoas que conhecemos ao longo da vida que se tornam únicas de uma maneira muito pessoal e especial. São elas que suportam o nosso verdadeiro eu sem sair correndo de medo ou desespero. Nem sempre entendemos como ou porque isso acontece, mas acontece. E, com o tempo, conseguimos entender que elas chegaram pra ficar e nos sentimos extasiados.
Existem pessoas para quem fomos feitos. E existem pessoas que foram feitas pra nós. O mais legal nisso tudo é quando o encaixe acontece. Por isso existe amigo favorito, irmão favorito, pai ou mãe favorito, filho favorito (mesmo que os pais nunca admitam), amor favorito... Enfim... Todo mundo tem uma pessoa favorita no universo. Se não tem, deveria ter, porque faz um bem danado!
Sendo assim... Seja a pessoa favorita de alguém! Seja digna de ser única na vida de um ser querido! Honre essa pessoa com o melhor que puder e saiba reter em sua vida o melhor da pessoa favorita que te cerca.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Um Encéfalo Em Comum


Há pouco tempo conheci uma pessoa que já faz parte da minha vida como se fôssemos amigas de infância. É curiosa essa sensação de se sentir velha amiga de alguém que você mal conhece. Ao mesmo tempo é uma sensação atraente. Mais curioso ainda é descobrir a quantidade de coisas em comum que se pode ter com uma quase desconhecida. Faz você pensar: quantas pessoas por aí são tão parecidas comigo? E não digo parecidas no sentido superficial da coisa. Mas parecidas num sentido mais profundo. Princípios, valores, crenças, qualidades, defeitos... E gosto musical também, porque sinceramente, não creio que seja algo que se possa chamar de superficial.
Neste mundo onde quase sempre ouvimos dizer que os opostos se atraem, passam quase que imperceptíveis os nossos iguais. E ao contrário do que talvez pareça, não é nada chato e monótono conviver com pessoas parecidas conosco. Pelo contrário, é divertidíssimo! Quem tem uma maneira de olhar parecida com a nossa costuma mais facilmente nos compreender. Você não se sente obrigado a explicar tudo o tempo todo, porque na maior parte do tempo as coisas são claramente entendidas. É tão mais simples. E às vezes o tão mais simples é muito bom também. Digo isso porque, sem perceber, nos acostumamos a gostar do tão mais complicado.
Cada encéfalo é único e especial à sua maneira. E neste meio tempo, sem sequer esperar, encontrei um que tenho apreciado muito. E espero continuar apreciando. Afinal, um encéfalo que não bate de frente com o meu não é nada fácil de encontrar.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Tudo novo de novo?



Início de ano, verão na área, calor escaldante e um ano inteiro pela frente. Aqui estamos nós, mais uma vez, iniciando outra etapa de nossas vidas. Aquele momento em que 90% das pessoas se comprometem em fazer tudo novo de novo. Promessas estas que geralmente só ficam na intenção. Às vezes, nem isso. Mas o que conta mesmo é a determinação de cada um. Se você quer iniciar algo novo, vá em frente. Se precisar reavaliar suas escolhas e mudar várias delas, não se intimide. O que não muda não evolui. Tenha em mente que não é preciso esperar um novo ano começar para dar uma virada na vida. Mas já que é janeiro e estamos aqui, por que não? :)

sábado, 21 de setembro de 2013

Jamais desista!

Como a gente sabe que a vida é tudo o que a gente sonhou? Em que horas bate essa luz de certeza e a gente diz "é isso!"? Acho que nunca acontece de verdade. Porque... Por mais que a gente alcance os nossos objetivos, tem sempre alguma coisa a ser alcançada ainda. Sempre uma nova busca, um novo interesse. Algo que nos instigue e tome nossa atenção. Porém, ainda que sempre tenha algo por vir, é bom saber que alvos foram alcançados com êxito. É muito bom saber que a gente "chegou lá" e os sonhos se tornaram realidade. E é melhor ainda saber que a gente e as coisas a nossa volta estão sempre mudando. Por mais que se consiga vitórias, por mais que os sonhos se realizem, há sempre uma nova busca pela frente. É isso que faz a vida surpreendente. Jamais desista!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Invista no que te enriquece (em todos os sentidos!)

 


Na boa? A questão nem é 'não dar certo ou não ser feliz'. A questão é ter tudo para dar certo e não dar. Ter tudo para ser feliz e não ser. Porque quando tem tudo para dar errado, tudo para ser infeliz, você sabe onde está se metendo e tenta com todas as forças reverter isso. Mas a partir do momento que tudo pode ser diferente, satisfatoriamente diferente, você não se previne nem se cuida quanto a isso. Você simplesmente se joga! E é aí que você peca.
Dificilmente você financia algo que tem tudo para dar certo. É contraditória esta ideia, eu sei. Mas digo financiar, no sentido de dar atenção, cuidado, dedicação extra. Porque se tem tudo para dar certo, é como se precisasse de mais nada. Nada de cuidado, atenção, dedicação extra. Tudo normal, habitual...
'Atenção extra, pra quê? Não precisa', você talvez conclua. Mas é aí que você se engana.
Talvez, apenas talvez, uma coisa que tem tudo para dar certo precisa de mais atenção do que outra que tem tudo para dar errado. E geralmente se faz o contrário. Investe-se todos os vinténs naquela que tem tudo para nos falir. Não sei porque, mas às vezes, o coração da gente cria doces ilusões que são tão doces e convincentes que levam a nossa mente a acreditar. O mais difícil de funcionar se torna mais interessante, como se fosse mais precioso por tal dificuldade. E bem sabemos que nem sempre é. E de fato, acabamos indo a falência quando nos deixamos convencer. Tem tudo para dar errado, você está vendo que boa coisa não é e investe assim mesmo. Pronto. Tiro e queda.
Existe uma crença muito difundida que tudo que é mais difícil, arriscado, improvável no fim das contas dá certo. O que ninguém divulga é que isso não é um fato. Pode acontecer? Pode. Agora se vai mesmo acontecer ninguém pode afirmar.
Sendo assim, invista no que te enrique (em todos os sentidos!) Recomeçar de novo, e de novo, e de novo, pode ser cansativo depois de um tempo. Ou não... É só uma dica! ;)

domingo, 14 de abril de 2013

Quem Morre? (Martha Medeiros)

Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo

Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar. 

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou 
Não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, 
Justamente as que resgatam o brilho dos 
Olhos e os corações aos tropeços. 

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz 
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto 
Para ir atrás de um sonho, 
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, 
Fugir dos conselhos sensatos...

Virando a página!

Mudar é sempre bom. Mudar hábitos, principalmente. Tudo que permanece igual se torna enfadonho, tedioso... As coisas precisam se renovar. A vida da gente precisa seguir. Ah como eu gosto dessa palavrinha: mudança. Traz um ar de renovação que muito me agrada. É como se um capítulo se encerrasse e outro começasse.
Acredito sinceramente que  para mudar alguma coisa na vida da gente requer coragem e disposição. E como não está em mim permanecer a mesma, cá estou virando a página. Tudo me leva a crer que o próximo capítulo será bem mais interessante.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O que aconteceu com a gente?

A gente era tão amigo. Tão cúmplice. Tão próximo. O que aconteceu com a gente?
Lembro-me das conversas, das risadas, dos passeios... Das histórias, sempre longas e emocionantes. Dos abraços, então. Sempre apertados e demorados. E das lágrimas, intensamente choradas.
Lembro-me de como era forte nossa ligação. Tão segura e eterna que jamais se perderia. Que jamais se perderia... Mas que se perdeu. O que aconteceu com a gente?
Lembro-me de como nos divertíamos. O tempo passava e a gente nem sentia. Quando estávamos juntos tínhamos todo tempo do mundo. Cada momento era único. Tudo se explicava. Tudo fazia sentido. Mesmo no silêncio nossos corações se entendiam. O que aconteceu com a gente? Morremos em nós mesmos? Matamos um ao outro? Ou aprendemos a viver separados?... É possível que dentro de nós ainda estejamos vivos. Será que algum dia saberemos? Para o nosso bem, espero que sim.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Sim, eu me importo!


Você tem noção de quantas pessoas realmente dão atenção aos problemas alheios? Ao que parece são bem poucas. A maioria não está "nem aí" quando se trata do nariz dos outros. Grande parte só se preocupa com as próprias dificuldades. Ninguém tem mais tempo ou paciência para ajudar ou simplesmente ouvir outra pessoa. Ou melhor, quase ninguém. Digo isso porque tenho observado e tenho notado como muitos reagem quando o assunto não envolve suas próprias vidas. Não que o interesse pela vida alheia tenha diminuido. Não, longe disso. As pessoas continuam fofoqueiras e tagarelas. Mas falar da vida dos outros não é o mesmo que ouvir com atenção/interesse e fazer algo que possa de alguma forma acrescentar a vida de tal pessoa.
Se olhar bem não é difícil fazer isso. Principalmente quando se trata de alguém que se gosta. Talvez seja por isso que "amar o próximo" tenha sido colocado como o segundo mandamento na Bíblia, lá em cima quase no topo da lista. Para que fosse percebida a importância e a necessidade de não nos importarmos somente com as nossas próprias vidas.
Eu não estaria aqui, escrevendo a respeito, se realmente não acreditasse no quanto isso é necessário. E longe de mim estar sendo hipócrita! Jamais perderia meu tempo escrevendo sobre algo que não estou aplicando.
Sinceramente? Sim, eu me importo!

sábado, 13 de outubro de 2012

Doce Primavera... (Por Srta Sullivan)

Dia nublado. Chuva fina pela manhã. Vento gelado. Sol à tarde entre nuvens. Noite agradável... Isso é respirar a doce primavera. Poucas pessoas negariam que esta é sua estação favorita. Não precisa ser um romântico declarado para apreciá-la. Não precisa ser um expert em flores para admirá-la. A primavera é encantadora por si só. De uma beleza inspiradora e alegre. Te faz querer assoviar, andar saltitando pela rua, cumprimentar desconhecidos pelas calçadas da vida... Te faz querer se apaixonar. Ou dividir um momento especial com alguém.
A primavera é mesmo apaixonante. Traz consigo um gostinho doce de vida no campo. Exibe um curioso olhar de criança, prestes a descobrir um novo amanhecer. Oferece-nos uma liberdade delicada de borboleta. Nos inebria com sua exuberante beleza.
Que cada amanhecer nos traga novas possibilidades para que possamos aproveitar esta doce estação.

domingo, 5 de agosto de 2012

A Arte de Ser Feliz (Cecília Meireles)



Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser
feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma
época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas
todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com
a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie
de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as
plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e
meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o
jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças
que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e
fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como
refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de
Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo
está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto
completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades
certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não
existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e
outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

sábado, 21 de julho de 2012

E ela nunca mais foi a mesma

Odiava ser frágil. Mas, mais que isso, odiava parecer frágil. Tentava esconder ao máximo o quanto era sensível e como as coisas lhe atingiam com facilidade. Decidiu criar uma barreia que a afastasse dos sentimentos. Tornou-se fria. Insensível. Não se comovia mais. Não se doía mais. Experimentou pela primeira vez a sensação de não se importar. Tornou-se uma pessoa distante. Ninguém a procurava. Nunca era convidada para nada. Aos poucos os seus foram esquecendo-se dela. Aos poucos ela fora esquecendo-se deles.
Num determinado tempo, viu-se sozinha. Sentia falta de algo, mas não sabia do quê. Quis chorar, mas não sabia como. Antes era só sentir-se feliz ou triste que as lágrimas simplesmente corriam. Agora, nem com toda força do mundo, elas molhavam o seu rosto. O seu mar interior havia secado. Finalmente entendeu que tudo mudara e passou a odiar a mudança. Embora não sofresse mais, também não era feliz. Não conseguia ser. Perdeu-se de tudo e de todos. E ela nunca mais foi a mesma.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

"Tem gente que é ostra"


"As ostras têm um corpo mole, protegido dentro de uma concha altamente calcificada, fechada por fortes músculos adutores. (...) A ostra tem uma forma curiosa de se defender. Quando um parasita invade seu corpo, ela libera uma substância chamada madrepérola, que se cristaliza sobre o invasor impedindo-o de se reproduzir. Depois de cerca de três anos esse material vira uma pérola." - (Wikipédia)

Na vida, ao longo da nossa caminhada encontramos pessoas que se encaixam nesse perfil. Já se perguntou por quê elas são desse jeito? Se você conhece ou conheceu alguém assim, provavelmente já. Então vamos tentar uma explicação simples. Eu tenho uma teoria.

As ostras têm um corpo mole - comparando-as a um ser humano poderíamos dizer que são extremamente sensíveis, frágeis, delicadas...

Protegido dentro de uma concha altamente calcificada, fechada por fortes músculos adutores - pessoas sensíveis tendem a ser fechadas. É como se constantemente usassem uma armadura impenetrável que as protegesse de tudo e de todos.

Quando um parasita invade seu corpo, ela libera uma substância chamada madrepérola, que se cristaliza sobre o invasor impedindo-o de se reproduzir - quando uma pessoa-ostra é atingida (ferida ou magoada) por alguém, ela busca meios de se defender. Algumas imobilizam o "invasor", afastando-o de sua vida, de seu convívio para que não as magoe novamente. Já outras imobilizam os sentimentos, tentando impedir que a dor causada jamais seja sentida.

Depois de cerca de três anos esse material vira uma pérola - Digamos que a tal pérola seja as cicatrizes ou as lembranças não gratas de tais pessoas.

Tudo isso faz algum sentido pra você? Bem, talvez faça para elas.


segunda-feira, 30 de abril de 2012

"Clareza"



Já tentou reconhecer o seu rosto no espelho? Já tentou se convencer de que estava acordado quando se pegou em uma situação que o fez pensar que estava sonhando? Já achou que as coisas eram mais fáceis do que pareciam ser? Já se enganou sobre alguém? Acredito que tenha dito SIM para, pelo menos, uma dessas perguntas. Mas você não é o único. Eu mesma, por exemplo, diria SIM a todas elas.  Já não me reconheci, já pensei estar sonhando, já concluí que as coisas eram mais fáceis, mais simples do que na verdade eram... E já me enganei sobre alguém... Na verdade, sobre algumas pessoas. Sabe, às vezes não se consegue enxergar com clareza. Conclui-se, erroneamente, que por "conhecimento de causa", "experiências anteriores" e afins, saber ver/reconhecer uma situação antes que ela se torne complicada/difícil. A gente cria involuntariamente o hábito de "achar" que sabe das coisas. Que sabe lidar com tudo, que está preparado para tudo, quando na real não está. Ninguém está.Se alguma vez você tentou reconhecer o seu próprio rosto no espelho é porque, com certeza, estava em dúvida sobre si mesmo... Quem era, o que queria da vida... Basicamente uma "crise de identidade". Se tentou se convencer de que estava acordado é porque algo tão improvável/impossível lhe aconteceu que nem você acreditou que estava presenciando isso. Se achou que as coisas eram mais fáceis do que pareciam ser é porque deu pouca ou nenhuma importância a elas. Não sentou e refletiu sobre... Não analisou. Simplesmente foi lá, de cara, e falhou. Lembre-se: quanto mais fácil algo aparenta, mais complicado é de verdade. Agora, se já se enganou sobre alguém eu não te culparia por isso. Te culparia, sim, se por mais de uma vez você se enganou sobre uma mesma pessoa. Aí você tem todo o crédito de culpa. No geral, ninguém pode saber o que se passa na mente do outro. Por mais que se conheça alguém, essa pessoa sempre está sujeita a te surpreender ou decepcionar.A dica é a seguinte: não espere demais dos outros, porque de fato, nunca verá as outras pessoas com CLAREZA. Espere de menos ou na medida. Assim você corre o "risco" de ser mais surpreendido do que decepcionado.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Solidão (Por Srta Sullivan)

Eram duas da manhã quando ela acordou. Três coisas perturbavam sua mente; a insônia, o tic tac do relógio e a solidão.
Das três, o que mais lhe incomodava era a solidão, disfarçada de isolamento. Cedo na vida aprendera a ser só. Quisera ela entender que estar só não era a mesma coisa. Para não dizer que era solitária, tinha por amigo um gato, que lhe fazia companhia apenas nos dias de chuva. Nunca o via pela casa se não estivesse chovendo. Quando sentia a sua falta, ficava horas e horas tentando achá-lo, mas nunca o encontrava. Então espalhava pelo chão novelos de lã para que assim pudesse encontrá-lo quando desejasse. Mas nem assim o gato aparecia, então ela ficava a fitá-lo sempre que sentia que ia perdê-lo de vista. E mesmo assim, vez por outra se destraia e tornava a perdê-lo... Percebeu então uma semelhança com o gato; a independência.

(...)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Voltei por você! ;)

Olá querido blog. Quanto tempo, hein!


Desculpe a minha ausência. Sei que te deixei de lado, mas não por vontade própria, acredite. É que a vida anda tão corrida, tão agitada, que mal tenho tido tempo de pensar, que dirá escrever. Mas o fato de eu estar ausente não quer dizer que te esqueci. Não, muito pelo contrário. Constantemente tenho pensado em ti e em como gostaria de voltar a escrever.
Sabe, vou confessar que, tem sido difícil pra mim. Tanto tempo juntos, não é? Não estar regularmente por aqui tem me incomodado bastante. Sinto como se estivesse me desprendendo de ti. Logo eu, que me acostumei a dividir contigo os acontecimentos do dia a dia. Não é a mesma coisa, postar em redes sociais, uma frase aqui, outra ali... Só você sabe como é importante pra mim escrever detalhadamente sobre as coisas. Não só detalhar, mas ponderar sobre elas. E isso tem acontecido cada vez menos. De fato, não tem sido como eu gostaria, mas farei o possível para voltar a ser.
Uma coisa é certa, não sei quando volto, mas eu volto. Hoje por exemplo, só voltei por você! ;)

terça-feira, 31 de maio de 2011

O Defeito

Note algo curioso. É o defeito que faz a gente pensar. Se o carro não tivesse parado, você teria continuado sua viagem calmamente, ouvindo música, sem sequer pensar que automóveis têm motores. O que não é problemático não é pensado. Você nem sabe que tem fígado até o momento em que ele funciona mal. Você nem sabe que tem coração até que ele dá umas batidas diferentes. Você nem toma consciência do sapato, até que uma pedrinha entra lá dentro. Quando está escrevendo, você se esquece da ponta do lápis até que ela quebra. Você não sabe que tem olhos - o que significa que eles vão muito bem. Você toma consciência dos olhos quando eles começam a funcionar mal. Da mesma forma que você não toma consciência do ar que respira, até que ele começa a feder... Fernando Pessoa diz que "pensamento é doença dos olhos". É verdade, mas nem toda. O mais certo seria "pensamento é doença do corpo".
Todo pensamento começa com um problema. Quem não é capaz de perceber e formular problemas com clareza não pode fazer ciência. Não é curioso que nossos processos de ensino de ciência se concentrem mais na capacidade do aluno para responder? Você já viu alguma prova ou exame em que o professor pedisse que o aluno formulasse o problema? (...) Frequentemente, fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.


(Alves - Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Brasiliense, 1995.)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A agonia de nunca se achar (Por Srta Sullivan)

"Estou perdida", disse ela a si mesma. "Como posso escolher o que é melhor pra mim, se nem sei o que é melhor pra mim?"
Pela frustração que sentia, achou melhor não se enganar. Assumiu os riscos e foi atrás do que queria, mesmo sem saber, de fato, o que queria.
Respirou fundo. Caminhou bastante. Pensou. E nada! Nada a agradava. Nada a convencia de que seria novamente feliz.
Queria achar o seu lugar no mundo, mas sem se prender. Na verdade, não sabia do que queria se desprender e em que queria se agarrar.
Como não chegava a conclusão alguma, pensou em desistir. Mas também não sabia fazê-lo. Nunca aprendera a desistir das coisas. Então, seguiu.
Enquanto caminhava, percebeu que também não sabia de onde vinha. Anos a fio caminhando - buscando uma jornada - a fizeram esquecer suas origens. Então, novamente parou.
Seus pensamentos a confundiam cada vez mais. Nada fazia sentido. Mas também se recusava a não entender.
Foi por pura força de vontade e pura obsessão que o entendimento veio: nunca acharia o seu lugar, porque ele nunca existira. Aonde estivesse, este seria o seu lugar no mundo. Este seria o seu lar. Pois o mundo era a sua casa.
Assim, sem a agonia de nunca se achar, resolveu seguir. E não mais parou.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Fragmento... (Água Viva)

"Quem me acompanha que me acompanhe: a caminhada é longa, é sofrida mas é vivida. Porque agora te falo a sério: não estou brincando com palavras. Encarno-me nas frases voluptuosas e ininteligíveis que se enovelam para além das palavras. E um silêncio se evola sutil do entrechoque das frases.

Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não-palavra - a entrelinha - morde a isca, alguma coisa se escreveu. Uma vez que se pescou a entrelinha, poder-se-ia como alívio jogar a palavra fora. Mas aí essa analogia: a não-palavra, ao morder a isca, incorporou-a. O que salva então é escrever distraidamente." CL.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Confiança

O quanto se pode confiar em alguém? O quanto você confia?

Só as pessoas em quem confiamos podem nos trair. E quanto maior a confiança, maior a traição. Mesmo diante desse fato, é inevitável não confiar. Todos nós precisamos de alguém em quem confiar.

Mãe, pai, amigo, cônjuge, geralmente são os mais acionados. Há quem confie em tudo mundo. E há quem desconfie até da própria sombra. Mas na real, é preciso confiar em alguém.

Ao longo de nossas vidas encontramos pessoas que se mostram dignas de confiança e pessoas que se mostram indignas. E a grande sacada da vida é saber diferenciar esses dois tipos.

Não se nasce com essa percepção. Se adquire ao longo da jornada, e mesmo assim, não totalmente.

Você pode ter toda percepção que acha possível adquirir e ainda assim se enganar com as pessoas. Esse é um outro fato triste da vida. Por mais que uma pessoa lhe pareça confiável, nunca poderá saber 100% se ela é. E o contrário também é verdade. Você pode ter todos os motivos para desconfiar, mas acabar sabendo que deveria ter confiado.

A conclusão de tudo é: ignore seus instintos por seu próprio risco. Afinal, isso só cabe a você.